• Artigo sobre Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT)

Artigo sobre Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT)

21 Nov, 2016 18:01:21 - Saúde

Chapecó (SC)

A prevalência do TEPT durante a vida é estimada em cerca de 8% na população em geral. Entre os grupos de alto risco cujos membros experimentaram acontecimentos traumáticos, a prevalência durante a vida varia de 5 a 75%. A prevalência durante a vida é de cerca de 10 a 12% entre as mulheres e de 5 a 6% entre os homens. É mais prevalente em adultos jovens, porque estes tendem a se expor mais a situações que o precipitam. 

Historicamente, os traumatismos dos homens costumavam ser experiências em combate e, das mulheres, assalto ou estupro. Após a atividade terrorista de 11 de setembro de 2001 e outros atentados, bem como o incêndio da boate Kiss no Rio Grande do Sul, nos fez perceber que eventos traumáticos podem estar mais próximos de nós, infelizmente, do que as guerras e a violência sexual. O transtorno tem mais probabilidade de ocorrer entre solteiros, divorciados, viúvos, socialmente reclusos ou de baixo nível socioeconômico. Os fatores de risco mais importantes, contudo, são a gravidade, a duração e a proximidade da pessoa à exposição do trauma real. Parece haver um padrão familiar para a condição, e os parentes de primeiro grau de pessoas com história de depressão têm aumento de risco para o desenvolvimento de TEPT após exposição a um acontecimento traumático.

O estressor é a principal causa do desenvolvimento do TEPT. Contudo, nem todos experimentam o transtorno após um evento traumático. O estressor por si só não é suficiente para causá-lo. Precisa-se também considerar fatores individuais preexistentes biológicos e psicossociais e acontecimentos que tenham ocorrido antes e depois do traumatismo. 

Os critérios diagnósticos especificam que os sintomas de evitação, experienciar e hipervigilância devem durar mais de um mês para ser classificado como TEPT. Antes disso nos voltamos para o diagnóstico de estresse agudo. 

Há, para ser feito o diagnóstico, a necessidade de exposição a um evento traumático no qual a pessoa vivenciou, testemunhou, foi confrontada, soube de um evento que aconteceu com pessoa próxima ou foi frequentemente exposto a detalhes aversivos do evento traumático. As principais manifestações clínicas do TEPT são as reexperiências dolorosas do acontecimento, um padrão de evitação e de abafamento emocional e uma hipervigilância quase constante. Há, por vezes, sentimentos de culpa, rejeição e humilhação. Os pacientes também podem descrever estados dissociados e ataques de pânico, inclusive ilusões e alucinações. Os sintomas associados podem incluir agressão, violência, falta de controle dos impulsos, depressão e transtornos ligados ao uso de drogas. Testes cognitivos podem revelar comprometimento da memória e da atenção. 

Sem tratamento, cerca de 30% dos pacientes se recuperam completamente, 40% continuam a ter sintomas leves, 20% permanecem com sintomas moderados e 10% não têm alteração ou pioram. Um bom prognóstico é anunciado por início rápido de sintomas, por curta duração dos mesmos, por bom desempenho social e individual antes do transtorno, por apoio social forte, por ausência de outros transtornos psiquiátricos, médicos ou relacionados a drogas ou por outros fatores de risco já comentados. 

As principais abordagens iniciais em se tratando de tratamento incluem apoio, encorajamento para discutir o acontecido e instruções sobre uma série de mecanismos para lidar com ele. A ênfase deve sempre ser na instrução sobre o transtorno e no tratamento psicoterápico e farmacológico.


TEXTO: ASSESSORIA DE IMPRENSAFOTO: DIVULGAÇÃO

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

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