• Ações para mobilizar coleta seletiva de lixo são discutidas durante Audiência

Ações para mobilizar coleta seletiva de lixo são discutidas durante Audiência

07 Jul, 2016 00:00:00 - Política

Criciúma (SC)

 

Resposta da Prefeitura Municipal de Criciúma/Famcri sobre os terrenos em forma de doação para os cooperados; esclarecimentos sobre o Plano de Resíduo Sólido para a Câmara de Vereadores; prestação de contas do novo contrato da coleta de lixo, valores pagos, quantidades coletadas; e a transferência da fiscalização dos resíduos sólidos - que hoje é feita pela Famcri – para a secretaria de infraestrutura do Município. Esses foram alguns dos encaminhamentos da Audiência Pública, realizada pela Câmara de Vereadores, na noite de hoje (6/7), no Auditório São José.


O evento tratou sobre as questões relacionadas ao Plano da Gestão do Resíduo Sólido, Prestação de Contas, Transparência e o novo contrato de prestação de serviços da coleta de lixo, e quem presidiu foi o vereador Julio Colombo (PSB).


Conforme o professor da Unesc, Mario Guadagnin, que representa o Fórum Lixo e Cidadania em média, por dia, Criciúma gera 130 toneladas de resíduos sólidos (considerando fração orgânica, reciclável e rejeito). Dessas 130 toneladas, aproximadamente 50 toneladas/dia é o que teria potencial de ser reciclável (desde que todos separassem o material). Porém a cidade, atualmente, consegue separar, por mês, apenas 95 toneladas. “Os indicadores de eficiência são baixos. Conseguimos separar no mês todo, apenas aquilo que a cidade tem potencial de gerar em material reciclável, em dois dias. Precisamos melhorar trabalho de educação ambiental, de mobilização social, envolvimento da comunidade e dos catadores. A infraestrutura dos catadores também não é adequada. Não é só consumir e depositar no lixo, mas lembrar que tem pessoas que sobrevivem, tiram seus sustentos e renda”. Esses dados enfatizados por ele, foi o que motivou o evento, por solicitação dos próprios catadores, que estiveram no Legislativo.


“A Audiência foi muito positiva. Todos temos ciência do que devemos fazer. O que está faltando é encontrar o ponto para que essas convergências dêem os resultados esperados. Acredito que a partir de hoje consigamos encontrar o ponto de equilíbrio e unir essas forças”, comentou o vereador Julio Colombo (PP).


“Percebemos quando somos procurados pelas associações, ou cooperativas de catadores é que durante o processo de discussão do Plano de Resíduos Sólidos eles não foram ouvidos ou pouco ouvidos. Acredito que deva ter uma política permanente de educação ambiental, uma vez que percebemos que a sociedade pouco participa do processo. Deve-se criar uma campanha para se construir cultura de destinação correta desses resíduos”, salientou o Promotor de Justiça, Luiz Fernando Góes Ulysséa.


“Dos municípios que compõe Amrec e Amesc onde os inquéritos estão em tramitação, muitos muitos estão em estágio parecido, no processo de discussão do plano. Criciúma vai lançar o Plano ainda que tardiamente, como ocorre na maioria dos municípios catarinenses e isso é uma realidade nacional, lamentavelmente, uma vez que os gestores contam com prorrogações de prazos. Diante desse cenário, temos que trabalhar com a nossa realidade. Temos que brigar para que a política pública, de fato, saia dos gabinetes e vá para a rua”, comentou o Promotor de Justiça.


O promotor falou em relação ao pronunciamento do Jader Westrup, Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, que no ato representou o prefeito Márcio Búrigo, e salientou que na próxima semana será entregue o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. “A reciclagem está dentro do plano que está sendo entregue na próxima semana. Uma das alternativas é valorizar aquela riqueza que está sendo jogada no lixo. As pessoas ainda não têm cultura de reciclar o lixo”, comentou.


“Está faltando fazer uma política forte de educação, além de ter uma divulgação maciça para chamar todos. Temos que aprender que jogar lixo fora é caro para o Município”, reforçou Westrup.

 

Divulgação

 

Rogério Barbosa Basílio, da Associação da ACRICA, lembrou que eles necessitam do terreno para poder construir. “Trabalhamos com material reciclável, e a Famcri deveria fazer campanha de conscientização para separação de materiais recicláveis”, comentou.


Pedro Paulo Campos, da CETEMAR, salientou que a situação vivida no dia a dia é precária. “Se está indo material reciclável no orgânico para a Retrans, algo está errado”, questionou.


Salesio Nolla, diretor administrativo da Famcri, ressaltou que há muito que se avançar. “Estamos na condição de fiscalizador do contrato. Estamos em reuniões quase que diárias para fazermos melhorias”, enfatizou.


O vereador Dr. Mello (PT) mencionou a importância da inclusão dos catadores de forma adequada, e garantia de que serão ‘visíveis’. Adonai Teixeira, representante do Fórum Lixo e Cidadania, salientou a importância da coleta seletiva, de a informação de dias e horários chegarem corretamente à população, de terreno para os cooperados.


Os vereadores Camila Nascimento (PSD), Paulo Ferrarezi (PMDB), Salesio Lima (PSD), Tita Beloli (PMDB), e Vanderlei Zilli (PMB), também estiveram presentes. Ionice Vefago, engenheira e responsável técnica da Retrans, Adonai Teixeira, também esteve presente. 


ASSESSORIA DE IMPRENSA/CÂMARA DE VEREADORES DE CRICIÚMA 

REDAÇÃO JINEWS
Postado por REDAÇÃO JINEWS

Tudo o que acontece em Içara, Balneário Rincão e na região você encontra primeiro aqui!

coopercocal
Cooperaliança